sábado, 25 de fevereiro de 2012


Cold Body Radiation - Deer Twillight (2011)


Quando um novo sub-gênero ou movimento artístico surge e "explode", ele tem um desses dois destinos:
1 - Ou ele segue normas vagas e expande seu estilo, explorando elementos novos, se renovando e se tornando cada vez mais forte.
2 - Ou ele começa (incidentalmente ou de forma planejada) a criar um conjunto grande de regrinhas e fórmulas que o limitam e, por consequência, pare um monte de novos artistas iguais uns aos outros. O gênero, então, enfraquece e acaba esquecido.
 Por mais que o pós-Black Metal tenha potencial, por vezes  ele parece tender à segunda opção. Parece que, cada vez que olho, mais um cuzilhão de novas bandas obscuras do gênero surge, fazendo um som IGUAL àquele demonstrado pelo Heretoir, pelo Dopamine, Onryo, Shyy e etc. (Todas bandas participantes do split/compilação "The World Comes To An End In The End Of A Journey")

Mas esse não vai ser um post deprimente! Porque uma das bandas que mais tem me renovado as esperanças é o Cold Body Radiation!

 Apesar de em "Deer Twilight", o projeto musical (CBR não é uma banda, pois é composto de uma pessoa só) ter se aproximado um pouco das bandas citadas acima, ele permanece muito bom, fresco (no bom sentido) e, acima de tudo, bem feito. As dissonâncias e o lado agressivo do debut da "banda" foram deixados um pouco de lado em "Deer Twilight", com M. (sim, esse é o pseudônimo do músico) apostando mais no aspecto melódico e sereno das novas músicas. A produção também ficou bem mais interessante de um disco pro outro, com a nova produção valorizando muito melhor os arranjos e a sonoridade de cada instrumento e voz utilizados na gravação.

 Vale a pena notar que uma das coisas que mais diferenciam o Cold Body de outras bandas do gênero é a sua maturidade musical, e o capricho empregado na composição das músicas. Dentre todas as bandas que citei aqui nesse post, o projeto holandês é o que mais emprega variações de ritmo, passagens inteligentes e riffs diferentes nas suas músicas, o que dá um ar mais adulto e "profissional" ao projeto.

Recomendadíssimo! Quer dizer, exceto para os mais ortodoxos do Black Metal.







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